segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cães e gatos

Como cães e gatos

Existem muitos casais que vivem em constante clima de guerra e paz
Por Mônica Vitória • 10/05/2008


Carolina Grecchi e Leonardo Dias não ficam três dias sem uma briguinha. Entre tapas e beijos, eles namoram firmemente - com algumas idas e vindas - há quatro anos. E por que continuam às rusgas? Difícil entender. Carolina diz que Leonardo está sempre implicando com ela. "Quando não é com uma brincadeirinha, às vezes de mau gosto, é com algum comentário desnecessário. Ele não tem papas na língua e acha que essa 'sinceridade' toda não machuca. Sem contar que ele tem um jeito meio 'paradão', o que me deixa irritada às vezes", afirma a estudante, de 22 anos. Já Leonardo põe a culpa em Carolina, jurando que é ela que todo dia arranja um motivo para discutir: "Ela fica nervosa com qualquer coisinha. Tem sangue quente e pavio curto. Mesmo quando fazemos as pazes ou estamos numa boa, ela começa algum assunto polêmico só para a gente discordar. E começa tudo de novo", declara o estudante de direito, de 23 anos.



Assim como eles, há muitas pessoas que insistem em relacionamentos conturbados, fazendo juras de amor apesar de viverem às turras com os parceiros. Alana Barros, de 27 anos, confessa que também se encaixa neste perfil. Namorando há um ano e meio, ela garante que é completamente apaixonada e que isso não impede que os desentendimentos ocorram com freqüência. "A gente briga muito, mas na maioria das vezes é por besteiras. Meu namorado diz que sou ciumenta e mimada, mas apenas exijo que me tratem com respeito e que ele, principalmente, se esforce em demonstrar carinho", argumenta. Talvez Alana até tenha razão em se preocupar com o namorado - ele é DJ e trabalha em inúmeras festas madrugada afora. Mas, nesse caso, não seria melhor procurar outro alguém? "De jeito nenhum! Sei que tem horas que exagero um pouco nos ciúmes, e isso acaba gerando discussões. Mas somos loucos um pelo outro e não demoramos a nos reconciliar. Quando isso acontece, aliás, é ótimo. Sempre voltamos mais apaixonados", assevera, acrescentando que o namorado também adora dar uns ataquezinhos de ciúme.



De início, achava que era assim mesmo, e quando a poeira baixava até ríamos do ocorrido. Depois, perdoava os insultos, pois faziam parte da personalidade dele. Mas tudo isso foi desgastando o meu sentimento, até que resolvi dar um basta

É claro que uma briguinha ou outra é normal e acontece, como se diz, "nas melhores famílias". Entretanto, a constância e a intensidade podem ameaçar a relação. A psicóloga e terapeuta de casais Cecília Zylberstajn não vê esse tipo de comportamento como algo saudável. "A briga nada mais é do que uma maneira hostil de lidar com uma diferença. Esta diferença pode ser, por exemplo, uma necessidade não satisfeita, algo que o parceiro faz que incomode, um desejo de mudança no outro, uma decepção com o companheiro", explica a psicóloga, destacando que esta não é nem deve ser a única maneira de resolver problemas. "O casal que só aborda as suas diferenças por meio de brigas não consegue crescer e se desenvolver. Quando falamos de forma agressiva, o conteúdo da nossa mensagem fica prejudicado. A pessoa lembra do momento, do mal-estar, dos palavrões, dos xingamentos, mas a mensagem não fica clara", observa.


Feridas que ficam



Beatriz*, de 30 anos, já sofreu muito com os bate-bocas que ela e seu ex-marido protagonizaram - muitas vezes, em público. Embora não gostasse de como o relacionamento foi se desenrolando, ela manteve o casamento por cinco anos. "Toda vez que tentava discutir a relação, por que algo me incomodava, havia uma discussão muito pior. De início, achava que era assim mesmo, e quando a poeira baixava até ríamos do ocorrido. Depois, perdoava os insultos, pois faziam parte da personalidade dele. Mas tudo isso foi desgastando o meu sentimento, até que resolvi dar um basta", revela Beatriz, que hoje procura um amor tranqüilo e carinhoso. "Se o casal não se entende, um dos dois precisa dar o braço a torcer e levantar a bandeira branca. Aprendi que, de vez em quando, alguém tem que ceder. Esse alguém, porém, não pode ser sempre a mesma pessoa", opina.

Uma pimenta forte demais

É verdade que o surgimento de uma situação adversa, um mal-entendido ou uma pequena grosseria sem propósito significa, para muitos, o estopim de uma bomba. Isso pode indicar imaturidade ou falta de tato e paciência para lidar com o outro. Para a psicóloga Cecília Zylberstajn, é muito mais válido tentar chegar a um acordo e dar preferência ao diálogo, ao invés da discussão. "A forma saudável de lidar com as diferenças é comunicar ao parceiro da forma mais clara possível o que incomoda e o que precisa que o outro faça para ficar bem. Muitas pessoas apenas reclamam do outro mas se esquecem da coisa mais preciosa: indicar ao outro o que desejam. Mostrar a expectativa de conduta é mais importante que fixar-se no comportamento que incomoda", recomenda Cecília. Segundo ela, o melhor a se fazer quando existe uma tensão é "deixar esfriar", ou seja, não discutir no afã do momento, que é quando podemos falar coisas que magoam o parceiro além da conta. "O ideal é esperar os ânimos se acalmarem e conversar depois, quando ambos estiverem calmos e tiverem pensado", aconselha.


Uma pimenta forte demais


Há casais, no entanto, que acreditam que brigar costuma ser afrodisíaco. Algumas pessoas afirmam até que provocam pequenas discussões só para depois fazer as pazes com o parceiro. Carolina Grecchi, por exemplo, revela que já fez isso. "Brincamos de implicar um com o outro porque é divertido. Tem vezes, é claro, que acabamos indo longe demais. Já terminei com o Leo por causa de um bate-boca que começou assim. Nossos amigos dizem que parecemos mais irmãos do que namorados, mas acho que isso nos ajuda a descobrir mais sobre o outro", conta. Para Alana Barros, o respeito mútuo e o envolvimento do casal deve ser maior que uma simples rusga. "Quando nos permitimos perdoar pequenos deslizes e palavras impensadas, fica mais fácil. E, realmente, existem brigas que deixam a relação mais apimentada, menos monótona. Não são poucas as vezes que resolvemos nossas diferenças na cama. A melhor parte da briga é a reconciliação", diz Alana.



Uma relação baseada no amor tem como objetivo o crescimento dos dois e, conseqüentemente, da relação. As brigas constantes são contraproducentes com este objetivo

Cecília Zylberstajn alerta que gerar desentendimento para "esquentar" a paixão ou somente para fazer as pazes depois é um comportamento similar a um vício. As brigas e términos constantes podem ser sinais de insegurança. "É uma maneira ineficiente de testar os limites da relação, bem como o amor e o compromisso do parceiro consigo, seguindo a lógica: 'se ele(a) gostar mesmo de mim, irá sofrer e implorar para volta'. A pessoa precisa constantemente das brigas e das pazes para sentir-se segura. Mas esta forma é ineficiente porque não cria as bases para um vínculo de confiança e segurança", adverte a psicóloga.



Os repetidos "latidos" e "arranhões" entre o casal podem dar origem a ofensas e cicatrizes não tão fáceis de serem esquecidas, como foi o caso de Beatriz. Por isso, a psicóloga indica que, se um dos parceiros estiver se sentindo incomodado e não conseguir dar jeito nos desentendimentos, que procure um terapeuta de casais, antes que seja tarde demais. "O profissional ajudará o casal a encontrar formas alternativas de comunicação. A psicoterapia individual também é indicada para que a pessoa entenda a insegurança pessoal que provoca as brigas e, com isso, seja capaz de criar laços maduros e emocionalmente estáveis", frisa. Cecília lembra, ainda, a importância de se buscar o equilíbrio do relacionamento com base no carinho. "Uma relação baseada no amor tem como objetivo o crescimento dos dois e, conseqüentemente, da relação. As brigas constantes são contraproducentes com este objetivo, pois não mostram o caminho da mudança positiva, e só enfocam o que está errado, e ainda de maneira agressiva e destrutiva. Dizer algo ao outro com amor é dizer com respeito e humildade, para o desenvolvimento do outro como companheiro e como pessoa", ressalta.



* O nome foi alterado a pedido da entrevistada.



Mônica Vitória

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Como cuidar do seu corpo no outono



Por Ana Cordeiro

O outono está chegando e junto com ele vem o céu nublado, muitas roupas, lareira uma vontade de fazer fondue e outras coisas que ficam deliciosas junto com esse clima frio e cinzento.

Mas como tudo tem o seu lado ruim, o outono chega pra marcar presença literalmente. Com o tempo e o vento gelado, a pele, os cabelos e os lábios ficam ressecados parecendo que não bebemos água há meses.

Mas como tudo tem solução, nós iremos te ajudar. Para você não decepcionar nenhum gatinho com os lábios ressecados, nem ficar parecendo o deserto do Saara. Conversamos com a dermatologista Ligia Kogos que nos deu dicas para melhorar e recuperar a pele que está destruída com o clima de outono.

Pele

Nessa época do ano a Dra. Ligia explica que o ar é mais seco e, portanto a pele ressaca mais. Sabonetes hidratantes, óleos de amêndoas e sabonetes com ervas aromáticas podem fazer muita diferença na hora do banho. Uma dica que a doutora revela é que hidratantes com silicone fazem uma barreira invisível na pele evitando o ressecamento e a perda de água. Nos rótulos procure substâncias como dimethicone, glicerina e lanolina. Os hidratantes não só previnem como tratam a pele que já estiver rachada, por isso os cremes que tiveram cicatrizantes como pantenol fazem milagres. Alimentos que contenham vitamina E, como mamão e cenoura, também ajudam na hidratação da pele.

Rosto

No inverno os vasos do rosto ficam mais contraídos e por isso temos uma imagem mais branca e as olheiras mais marcadas do que no verão. A maquilagem pode ser uma solução que deixe a pele mais protegida e ainda por cima mais bonita. Uma base líquida leve e um blush podem fazer uma dupla imbatível. Mas é muito importante não esquecer de colocar um hidratante ou filtro solar por baixo. Não é porque o tempo está nublado que os raios solares não vão atingir sua pele.

Lábios

Não há como negar, nessa época os lábios parecem que são os que mais sofrem. Além de ficarem completamente ressecados eles ainda ficam machucados com os ventos gelados do outono. Dra. Ligia lembra que tanto as mulheres como os homens devem usar um protetor labial. Tente achar os que têm vitaminas E e B, silicone e pantenol. Pomadas que possuem vitaminas também podem fazer um grande efeito.

Cabelos

Por incrível que pareça nessa época do ano é onde os cabelos ficam mais bonitos. Aproveite o ótimo momento para fazer tratamentos e faça de seu banho um ritual. Faça aqueles tratamentos caseiros que você nunca tem tempo, o vapor do banho quente ajuda na penetração do creme.
Mas com o vento frio não tem cabelo que agüente e é preciso dar uma atenção especial. Para quem tem tintura no cabelo deixe um pouco de condicionador nos fios ou aplique creme leave-on ou silicone líquido nas pontas do cabelo após o banho.
Para quem tem os fios fininhos e oleosos a dica é lavar o cabelo com um shampoo para cabelos oleosos e passar somente um leave-on.

Não tem como negar que o tempo frio trás essas tormentas para nossa vida, mas para não ficar com a pele toda rachada é preciso dar um jeito, né? Abuse e use dos cremes e faça disso todo um ritual: “Deixe um creme no criado–mudo e passe nas mãos e no calcanhar antes de dormir”, completa a dermatologista Dra. Ligia Kogos.

10 DICAS

Veja 10 sinais de que você está sendo traída

Por Thiago Ferreira


Tem gente que agüenta as manias mais estranhas e absurdas do parceiro. Outras pessoas conseguem conviver tranqüilamente com dificuldades financeiras, alterações de humor e até com brigas intermináveis. Mas existe uma coisa que é praticamente impossível de suportar em uma relação. Adivinhou? Sim, é ela mesmo: a traição!

Pra você sofrer menos com essa praga, ficar mais ligada e não ser sempre “a última a saber”, resolvemos separar as 10 atitudes mais clássicas dos caras que costumam trair. Se liga só:

Distribui presentes
Não é nem aniversário de namoro, nem qualquer outra data especial. Mesmo assim, lá vai ele, todo meigo, te entregar um presente super fofo. Isso vem acontecendo com freqüência e você sempre aceita (e é pra aceitar mesmo, sem neurose). Mas é bom tomar cuidado e abrir o olho: entregar presentes fora de hora pode ser uma típica atitude de um homem com a consciência pesada...

Reclama de $$
Vocês sempre saíam aos fins-de-semana e ele costumava até pagar as suas contas sem reclamar de nada. Só que, de uns tempos pra cá, tudo virou motivo de reclamação e a grana dele, de uma hora pra outra, tá ficando cada vez mais curta. Tudo bem que pode ser uma crise normal, mas será que o motivo dessa ‘pindaíba’ não é o fato de ele estar gastando dinheiro com outra pessoa?

Mister vaidade
Ele sempre foi acomodado e não ligava pra aparência. Agora, não consegue sair de casa sem se arrumar todo e até entrou na academia pra ficar sarado. Bom pra você, que vai ter um gostosão ao seu lado, mas pára pra pensar: não é estranho ver aquele cara largadão querendo, de repente, entrar em forma? É bom ficar de olho...

Quer mais espaço
Sabe quando o cara começa a dizer que precisa ter um tempo só pra ele, ou que se sente preso e sufocado? Tudo balela! Isso é típico de quem está com outra pessoa na cabeça e não tem mais a mesma vontade de ficar dedicando tempo pra namorada... Portanto, se ele começar com esse papinho, é melhor ficar esperta!

Deita e dorme
Vocês tinham uma vida sexual ativa e tudo corria bem, mas, sem mais nem menos, as coisas começaram a mudar. Nesse caso, o negócio, literalmente, é mais embaixo: se ele não sente mais tesão em você e não há nenhuma razão aparente pra isso, há grandes chances de o motivo ser um envolvimento com outra menina! É ruim, hein?

Mania de perseguição
É quando tudo começa a incomodar o mala. Ele acha que você tá sempre no pé dele e, além disso, não são raras as vezes em que ele perde a paciência com você. Mais uma vez é hora de prestar atenção pra ver se esse stress todo não é exagero da parte dele ou um indício de que tem outra menina na história...

Não larga o celular
Talvez esse seja o sinal mais clássico do traidor de carteirinha. Ele sempre com o celular por perto e, quando toca, trata logo de se afastar e atender sozinho. Se estiver ao seu lado, ele age de um jeito estranho e desconversa sempre que você pergunta quem era. Na maioria das vezes, fala que estava falando com um amigo (até parece!)... Acho bom você não cair nessa ladainha barata, hein?

“Amigos” em primeiro lugar
Antes ele tinha tempo de sobra pra ficar com você, mas agora toda sexta-feira é dia de ir jogar bola com os amigos de colégio, todo sábado é dia de ir pra um “programa masculino” com a galera da facul... Que história é essa? Da onde surgiram tantos “amigos” assim? Olha o chifre, menina...

Freqüenta lugares novos
Vocês sempre freqüentavam os mesmos lugarzinhos (e gostavam disso!). De uns tempos pra cá, ele passou a te levar a outros restaurantes, cinemas, motéis... Bom, isso pode não ser nada demais, mas como o negócio aqui é ver defeito no cara, então vamos lá: ou ele pode estar levando “a outra” para os mesmos lugares que levava você e agora tem que mudar, ou ele descobriu esses novos lugares por culpa dela...É, menina: os homens são todos iguais e não existe ninguém santo neste mundo

“Ei, eu ainda tô aqui!!”
Essa é a última e também é outra clássica: quando o cara te deixa de lado e começa a se preocupar com qualquer outra coisa, menos com você. Naturalmente, você vai sentir o “gelo” que ele te deu, vai ficar carente e as brigas e discussões não vão ser raras. Só depois de um tempo você vai perceber que esta falta de atenção era, na verdade, culpa da maldita traição...


Depois que você ficou sabendo de tudo isso, vai ser muito mais difícil cair nos truques do seu namorado metido à galinha. Mas também não é pra levar tudo à ferro e fogo e ficar implicando com cada atitude que o cara tomar. Tolerância e confiança ainda são características importantes em um relacionamento. Não esqueça disso...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Blog interessante, acessem!

http://nacamacomfulana.blig.ig.com.br/

O que evitar na cama

As mulheres soltam o verbo e listam tudo que eles podem fazer de pior na hora do sexo
Anamaria Rinaldi


Atenção, homens, se vocês não querem entrar na lista negra de nenhuma mulher, anotem essas dicas do que você deve evitar a todo custo na hora do sexo.

Unanimidade entre as mulheres da redação, homem "coelhinho" não dá. Também conhecido como "britadeira", é aquele que atinge uma velocidade alta e não pára mais. Todo mundo precisa de uma pausa, tanto elas quanto eles, então nada melhor do que ir devagar e sempre. Além de ser mais gostoso, evita que você chegue ao orgasmo muito antes do que a mulher.

Fazer piruetas e caras e bocas também pode ser broxante. "Acho que a pior coisa é querer ser performático e não prestar atenção no que está fazendo. Uma amiga minha sempre conta que estava transando com um cara, 'escapou' e ele ficou uns bons minutos lá, gemendo e rebolando sem perceber", conta L.N.

Por outro lado, nada de ficar deitado com as mãos atrás da cabeça esperando que as coisas aconteçam. Tudo bem que alguns homens preferem que a mulher tome as rédeas do sexo, mas você também precisa fazer a sua parte, certo?

Fazer escatologias já deveria estar fora das suas opções, mas se você é adepto disso: esqueça! Você pode não só fazer com que a sua companheira saia correndo, como traumatizá-la para sempre.

Um tapinha pode não doer e muitas mulheres até gostam, mas dar um tapa na cara ou chamá-la de nomes que você não gostaria que fossem usados para se referir à sua mãe podem fazer com que ela se sinta ofendida. O melhor é ir devagar e sentir aos poucos até que ponto você pode ir com cada mulher.

O mesmo vale para o outro lado da moeda da sacanagem, o romantismo. Perca um pouco o estigma de que todas as mulheres adoram romantismo, pelo menos durante o sexo, e deixe para fora do quarto o seu lado sensível se você é do tipo de homem que chora por qualquer coisa. Chorar durante a relação sexual jamais! "Romance e sexo não combinam", afirma P.B.

Poucas mulheres acham legal imitar filmes pornôs, então nada de falar coisas como "engole" durante o sexo oral. Além disso, elas não têm as mesmas preocupações que vocês quanto a ranking, por isso, evite perguntar o que ela achou do tamanho do seu pênis e se foi o melhor sexo da vida dela.

Por fim, coisas que estão totalmente fora de discussão: fazer drama na hora de colocar a camisinha, insistir para fazer sexo anal quando a mulher não está no pique, puxar a cabeça dela para fazer sexo oral, querer dividir o motel e gozar primeiro que a mulher, virar para o lado e dormir. Essas dispensam explicações, não?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Miss Imperfeita

(Texto da Martha Medeiros publicado na Revista do "O Globo".)


"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.


Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.


Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos ao colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!



E, entre uma coisa e outra, leio livros.


Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.



Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Culpa por nada, aliás. Existe a Coca zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.

Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias!

Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se há ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO9000, não será bem avaliada.

Está tentando provar não-sei-o-quê, para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo.

Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Tudo o que você sabe sobre traição está errado

Abaixe a guarda e prepare o coração para ouvir o que estudiosos revelam sobre um dos temas mais explosivos da vida a dois

Iracy Paulina

O amor é uma vacina que imuniza a todos contra o vírus da infidelidade, certo? Errado. Mas a traição não destrói a vida amorosa? Bem, não é exatamente isso que os estudiosos do assunto dizem. MIRIAN GOLDENBERG, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisa o tema há quase 20 anos e é autora dos livros A OUTRA e INFIEL (ambos da EDITORA RECORD): “A ala masculina considera que a infidelidade faz parte de sua natureza poligâmica. Os homens podem amar a esposa e desejar outras mulheres sem grande conflito. Já as mulheres, tradicionalmente educadas para associar sexo e amor, consideram que traição só é possível quando não se ama mais o parceiro, e sim outra pessoa”.

ARLETE GAVRANIC, psicóloga, coordenadora de pós-graduação em educação e terapia sexual da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo: “Dependendo do tipo de traição, as reações variam. Uma pulada de cerca eventual, além de ser mais difícil de ser descoberta, não cria um vínculo. Por isso, é mais fácil de perdoar, raramente abala um casamento estável. Já um caso de longo prazo mexe com o relacionamento oficial e também com a estabilidade psicológica do infiel”. Afinal, trair dá trabalho: haja fôlego para inventar desculpas e atender demandas emocionais e sexuais de duas pessoas ao mesmo tempo. Quando a verdade vem à tona, a relação estremece e muita gente procura a terapia. “A intervenção ajuda a entender o que ocorreu, mas não garante a salvação de nenhum casamento.”

ANA MARIA ZAMPIERI, psicóloga, durante cinco anos acompanhou, na cidade de São Paulo, a história de 4 mil casais de camadas sociais diferentes para sua tese de doutorado defendida na PUC-SP. O estudo inspirou seu livro EROTISMO, SEXUALIDADE, CASAMENTO E INFIDELIDADE (ED. AGORA): “A responsabilidade pela traição não é só do traidor, pois essa atitude geralmente está relacionada à complexa dinâmica da vida a dois. A fidelidade é um pacto que o casal tem que validar a cada momento, não apenas no dia do casamento”.

Com a ajuda dessas especialistas, revisamos a seguir alguns dos mitos relacionados à traição.

Mito: Quem ama de verdade não trai

Fato


Pode trair, sim. “Mesmo que ame sua mulher, o homem justifica a infidelidade pelo desejo de novidade e aventura, porque surgiu a oportunidade, por crises pessoais ou no casamento”, observa Mirian. Já as mulheres dizem trair por sentir falta de carinho e atenção ou por achar que não são mais desejadas pelo marido. Há também aquelas que traem para revidar as escapadas do parceiro. “Em minhas pesquisas, notei que mesmo pessoas felizes no casamento às vezes traem por curiosidade, para testar o poder de sedução ou para chamar a atenção do cônjuge”, afirma Ana Maria. Arlete acrescenta ainda outro motivo, que vale para os dois sexos: “Em meu consultório, alguns contam que traíram para reviver aquela sensação de excitação do início do namoro”, diz ela. “Por isso, é importante o casal investir sempre no erotismo.”

Mito: A traição é quase inevitável em relações de longo prazo

Fato


Nem sempre. Em suas pesquisas, Mirian Goldenberg assegura que conheceu vários casais com mais de 20 anos de casados e fiéis. A receita? “A base desses casamentos é a amizade e a cumplicidade. Os casais sentem que isso é especial, não querem se arriscar a perder por causa de uma atração sexual passageira”, diz a antropóloga. Para Ana Maria Zampieri, existem etapas críticas que deixam os casamentos mais vulneráveis à infidelidade: nos dois primeiros anos, quando a paixão perde o fôlego; por volta dos dez anos, quando o sexo costuma ficar mais morno; e em torno dos 20 anos, sobretudo se o casal não resolveu bem crises anteriores.

Mito: Tem um certo tipo de pessoa que trai

Fato


Não há um perfil único, pois a ocasião também faz o infiel. “Quando a oportunidade se apresenta, as pessoas mais impulsivas podem ter dificuldade de resistir ao desejo”, diz Ana Ma ria. Por outro lado, há um tipo com maior predisposição. “É o caso da figura muito narcisista, que tem dificuldade de criar vínculo afetivo e é movida pela necessidade de testar continuamente o seu poder de sedução”, define Arlete. “Seja homem ou mulher, em geral é alguém com auto-estima bastante comprometida, que procura se afirmar por meio das conquistas.”

Mito: Homem trai mais do que mulher

Fato


Pelo menos no Brasil, essa tese está comprovada. Há controvérsias sobre quanto a mais”. Nos últimos nove anos, Mirian entrevistou 1 279 pessoas de ambos os sexos das camadas médias cariocas, com idade entre 17 e 50 anos. Desse grupo, 60% dos homens e 47% das mulheres admitiram já ter cometido uma infidelidade. Em outro estudo, realizado entre 2002 e 2003 pelo Projeto Sexualidade (Pro-Sex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, com 7 103 voluntários também de ambos os sexos, nas cinco regiões do país, o índice de traição masculino ficou em 50,6% e o feminino em 25,7%.

Mito: O parceiro traído sempre sabe que isso está acontecendo

Fato


Nem sempre. Até porque nem todo mundo quer esclarecer a questão. Boa parte dos homens ouvidos na pesquisa de Mirian Goldenberg diz preferir não saber se a mulher trai. “Desde que ela pareça fiel, para eles está tudo bem”, diz a antropóloga. Já as mulheres, segundo Mirian, buscam o tempo todo provas da fidelidade ou infidelidade do marido. No entanto, ainda que captem sinais, tanto elas quanto eles relutam em admitir a situação. “Dá medo de encarar a verdade”, afirma Ana Maria. “Mesmo quem sente que há algo errado precisa passar por um processo interno para admitir. E há quem ache mais confortável fingir não saber.”

Mito: A traição destrói o casamento

Fato


Não, na maioria das vezes o casamento continua. Entre os casais que procuram Arlete no consultório com essa questão, 70% seguem juntos. Porém, permanecer na relação não é necessariamente sinônimo de felicidade conjugal. De acordo com a pesquisa de Ana Maria, muitos não se separam por conveniência, por causa dos filhos, para não dividir os bens. “Na prática, vivem divorciados emocionalmente. Apenas um terço dos casais supera a traição e faz dessa experiência uma alavanca para melhorar o casamento”, afirma Ana. São aqueles que conseguem mudar o padrão do relacionamento: descobrem o que os afastou e se reaproximam, passam a cuidar mais da relação.

Nós terminamos

Nós terminamos

"Casei muito jovem, com 21 anos, com um homem dez anos mais velho. Ele era um executivo bem-sucedido, impecável, que planejava e programava tudo, até os três filhos que tivemos. E me cobrava muito, queria que eu fosse perfeita, organizada, certinha como ele. Não era o meu perfil, e me sentia sufocada. O sexo era tradicional, sem graça. Tudo isso me deixava muito infeliz. No nono ano de casamento, tive que fazer uma cirurgia e acabei me envolvendo com o médico que me operou. Ele também era casado. Não planejei isso, aconteceu. Foram três anos de idas e vindas, pois, apesar da atração que sentíamos um pelo outro, havia muita culpa. Eu respeitava meu marido, um homem de caráter e bom pai, e sofria com a situação. Logo no começo do caso, eu pedi a separação, mas sem explicar o motivo. Meu marido não concordou, achava que era uma fase, que ia passar. Tudo acabou quando uma pessoa – nunca descobri quem – ligou para meu marido e contou do meu romance com o médico. Ele me perguntou se era verdade. Confirmei e ele saiu de casa no mesmo dia. Depois que tudo passou, entendi que essa traição foi uma válvula de escape de um casamento que não estava legal. Não continuei com o amante e hoje meu ex-marido é um grande amigo."

JOANA*, 41 ANOS, PRODUTORA, SEPARADA, MÃE DE TRÊS ADOLESCENTES

Nós resistimos

Nós resistimos

"No final de 2006, meu marido confessou: havia quase dois anos ele mantinha um caso com a secretária. Eu já desconfiava, três meses antes torpedos em meu celular denunciavam a traição. Conversamos e ele negou. Depois começaram as ligações para minha casa, de madrugada. Assim que atendíamos, a pessoa desligava. Pressionado, meu marido resolveu se abrir. Disse que queria terminar, mas ela o chantageava, ameaçava contar segredos de nossa família, chegou a extorquir dinheiro. Morri de raiva com a revelação, mas não pensei em divórcio. Contando os dez anos de namoro, nós estávamos juntos havia quase 20 anos, tínhamos dois filhos pequenos, e ainda havia amor. Ele disse que tinha caído nessa porque eu estava distante, havia me desinteressado até por sexo. Sobrecarregada com a carreira e as crianças, eu me descuidara da vida a dois. Mas achei que valia a pena lutar para recompor a união. Procurei uma terapia de casal, troquei um medicamento que diminuía a minha libido, nossa vida sexual melhorou. Estamos mais próximos um do outro. Nesse sentido, o relacionamento está melhor do que antes da infidelidade. Mas temos várias arestas a aparar. Perdoar a traição de coração ainda não consegui. A confiança nele também está sendo reconstruída aos poucos."

CLARA*, 37 ANOS, OFICIAL DE JUSTIÇA, CASADA HÁ DEZ ANOS, MÃE DE DOIS FILHOS, DE 7 E 5 ANOS