Nós resistimos
"No final de 2006, meu marido confessou: havia quase dois anos ele mantinha um caso com a secretária. Eu já desconfiava, três meses antes torpedos em meu celular denunciavam a traição. Conversamos e ele negou. Depois começaram as ligações para minha casa, de madrugada. Assim que atendíamos, a pessoa desligava. Pressionado, meu marido resolveu se abrir. Disse que queria terminar, mas ela o chantageava, ameaçava contar segredos de nossa família, chegou a extorquir dinheiro. Morri de raiva com a revelação, mas não pensei em divórcio. Contando os dez anos de namoro, nós estávamos juntos havia quase 20 anos, tínhamos dois filhos pequenos, e ainda havia amor. Ele disse que tinha caído nessa porque eu estava distante, havia me desinteressado até por sexo. Sobrecarregada com a carreira e as crianças, eu me descuidara da vida a dois. Mas achei que valia a pena lutar para recompor a união. Procurei uma terapia de casal, troquei um medicamento que diminuía a minha libido, nossa vida sexual melhorou. Estamos mais próximos um do outro. Nesse sentido, o relacionamento está melhor do que antes da infidelidade. Mas temos várias arestas a aparar. Perdoar a traição de coração ainda não consegui. A confiança nele também está sendo reconstruída aos poucos."
CLARA*, 37 ANOS, OFICIAL DE JUSTIÇA, CASADA HÁ DEZ ANOS, MÃE DE DOIS FILHOS, DE 7 E 5 ANOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário